O Comunicação com Azeite é um espaço que pretende divulgar conteúdo de comunicação pública, com foco na publicidade e propaganda de governo. Nesse blog os visitantes também encontram dicas de livros, músicas de primeira qualidade e uma pitada de gastronomia, minha mais nova paixão.































terça-feira, 19 de julho de 2011

Campanha de Combate ao Crack

Ontem fiquei sabendo que mais um grande amigo, de 39 anos, foi internado para desintoxicação do Crack, droga que já levou pessoas queridas, companheiros de infância, ao fundo do posso. Alguns deles perderam tudo. Principalmente a dignidade e vontade de viver. Contudo, o pior efeito do crack é não escolher classe social, idade, sexo, cor ou crença.

Por isso, resgato aqui a campanha do Governo Federal de combate ao Crack, bem como ações isoladas de outras esferas do poder público brasileiro, que se uniram na luta contra esse inimigo implacável.

CAMPANHA NACIONAL DE ALERTA E PREVENÇÃO DO USO DE CRACK

Em resposta aos desafios impostos a toda nação brasileira frente ao fenômeno do uso de crack, o Governo Federal lançou o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. Os investimentos previstos em ações de prevenção, atenção e reinserção social de usuários e dependentes, e repressão ao tráfico são de R$ 410 milhões.


O Decreto que institucionaliza o Plano, tem por objetivo coordenar as ações federais de prevenção, tratamento, reinserção social do usuário do crack e outras drogas, bem como enfrentar o tráfico, em parceria com estados, municípios e sociedade civil.  

O Plano é composto de ações de aplicação imediatas e ações estruturantes. Dentre as ações imediatas destacam-se aquelas voltadas para o enfrentamento ao tráfico da droga em todo o território nacional, principalmente nos municípios localizados em região de fronteira e a realização de uma campanha permanente de mobilização nacional para engajamento ao Plano. 

As ações estruturantes, organizam-se em torno dos seguintes eixos: integração de ações de prevenção, tratamento e reinserção social; diagnóstico da situação sobre o consumo do crack e suas conseqüências; campanha permanente de mobilização, informação e orientação; e formação de recursos humanos e desenvolvimento de metodologias. 

PEÇAS - Inicialmente, a campanha tem dois filmes para TV, com duração de 30 segundos cada. Um deles traz um texto com locução, em fundo preto e branco, que diz “Precisamos de um minuto da sua atenção. Sabemos que não é a melhor época para falar sobre algo tão sério. Mas esse assunto não pode esperar. O crack é uma droga perigosa, que tem causado graves problemas (...)”. O outro conta a história de um rapaz que rouba a própria família para consumir crack. Os filmes serão exibidos em rede nacional e em 14 emissoras regionais.

Nas rádios, a campanha terá um jingle de 60 segundos em formato de rap sobre os perigos do crack, e ainda um spot de 30 segundos, repetindo a intervenção “Desculpe interromper, mas este assunto não pode esperar”. Além dessas peças publicitárias, a segunda etapa contará com hotsite com informações sobre a droga.

A campanha também será divulgada nos cinemas, em jornais impressos e revistas e em mídia exterior. Também estará em cartazes e folderes, que serão distribuídos nas unidades básicas de saúde do SUS.

Folheto

Cartaz

Flyer

  
Campanha desenvolvida pela Assembléia de Sergipe


Fonte: Ministério da Saúde e YouTube

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Polêmica, campanha defende o direito de não acreditar em Deus.

Campanha polêmica, que em tempos de respeito as diversidades, trás um debate que historicamente reprime pessoas que, dentre outras convicções, não acreditam na explicação divina para coincidências do nosso cotidiano e para a evolução da vida.


Para defender o ponto de vista de muitas brasileiros que se consideram "racionais", a  Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA) elegeu Porto Alegre para ser a primeira capital brasileira a exibir outdoors de uma campanha de mídia sobre ateísmo. A iniciativa é da ATEA e já havia sido recusada no final do ano passado pelas companhias de ônibus de São Paulo, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre.


A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos havia anunciado em 13 de dezembro do ano passado que alguns ônibus de Porto Alegre ostentariam mensagens ateias, porém, segundo Daniel Sottomaior, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) teria desistido da campanha na última hora.


“Fiquei sabendo pela imprensa que a ATP vetara a veiculação dos anúncios. Quando contatei com a Associação, ela primeiro confirmou o veto e depois passou a dizer qua nada ocorrera e que desconhecia o assunto”, afirmou Sottomaior.


As peças são polêmicas e falam sobre fé, moralidade e ateísmo. Uma delas exibe as fotos de Charles Chaplin, que era ateu, e Adolf Hitler, que não era ateu, com os dizeres “religião não define caráter”. Outra afirma “Somos todos ateus com os deuses dos outros”, e traz imagens de uma divindade hindu, uma divindade egípcia e de Jesus de Nazaré, com as legendas “mito hidu”, “mito egípcio” e “mito palestino”. Uma terceira diz que “A fé não dá respostas, só impede perguntas”. Os cartazes devem ser exibidos ao longo de um mês.


Entre os dias 4 e 17 de julho estarão expostos dois outdoors. Os outdoors da segunda quinzena serão outros.








HISTÓRICO DE CAMPANHAS MUNDIAIS EM DEFESSA DO ATEISMO

Na primeira semana de 2009 foi lançada a primeira campanha publicitária do Reino Unido versando sobre ateísmo, promovida pela British Humanist Association. A campanha tem site próprio (onde podem ser compradas camisetas) e vem atraindo atenção da grande mídia desde o seu lançamento, em outubro de 2008 -- inclusive no Brasil. A arrecadação de fundos para a campanha brasileira começou na semana seguinte. Como a iniciativa foi largamente ignorada pela mídia, a Atea decidiu lançar uma "pré-campanha" em 2010 com o fim de levantar fundos para uma segunda etapa.


A pioneira iniciativa britânica começou com o objetivo de arrecadar £5.500 (cerca de R$19.000). Mas em quatro dias chegou a £100.000 e passou do incrível valor de £135.000 (R$465.000), uma cifra considerável mesmo para os padrões britânicos.












Foram 800 ônibus com o slogan "Deus provavelmente não existe. Agora pare de se preocupar e viva sua vida". A campanha inclui mil anúncios no metrô com frases adicionais, duas grandes telas de LCD (uma com 3,7m² e outra com 7,4m²) com versões animadas do slogan e uma mensagem na BBC. Não há risco de mal-entendidos: a campanha é explicada em detalhe no próprio site da BHU. E a imprensa nacional continuou a cobrir o desenrolar dos fatos.


Em novembro de 2009, a American Humanist Association lançou uma ação semelhante. Campanha igual à britânica está sendo veiculada em dois ônibus de Barcelona sob protestos e só não chegou à Austrália porque a companhia local responsável pelos anúncios em ônibus se recusou a expô-los. Na Itália, a campanha foi proibida


Com a fundação da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, era mais do que hora de criar uma ação nos mesmos moldes aqui no Brasil. Nosso desejo inicial era de veicular os anúncios no metrô de São Paulo, devido a sua enorme visibilidade. No entanto, a companhia proíbe "assuntos polêmicos" e "temas de cunho religioso".


Em 2010, a Atea assinou contrato com uma empresa de mídia para lançar a campanha em São Paulo, mas ela se recusou a veicular os anúncios depois de tomar conhecimento do seu conteúdo, alegando que uma determinação da EMTU proíbe temas religiosos, o que foi negado pelo setor técnico da empresa. Atualmente, a entidade está analisando se cabe ação judicial.


Leia artigos sobre a Atea e a campanha dos ônibus no portal Terra, na revista Isto É, no Jornal O Tempo e breves comentários de Marcelo Rubens Paiva em sua coluna semanal no Estado de São Paulo e no seu blog. Até o Jornal Nacional noticou a campanha espanhola. O fato de ter demorado mais de dois meses para relatar o que já não era mais notícia sugere uma grande resistência da redação em levar a matéria ao ar.

FONTE:www.atea.org.br

terça-feira, 5 de julho de 2011

Contos da Propaganda - Maior verba até então liberada




A Bayer foi a pioneira na estratégia de desenvolver consecutivas campanhas no Brasil. As peças de propaganda eram compostas por anúncios com títulos super criativos, que alteravam conceitos institucional, ingênuo ou agressivo, feitos para diferentes linhas de produtos da marca. Provavelmente foi a empresa farmacêutica que mais investiu em propaganda na década de 10.
    Na medida que eram lançados novos produtos, o volume de  propaganda da empresa aumentava. Contudo, não há registro de qual empresa as campanhas, mas pode-se supor que foi uma "estrutura de comunicação" com departamentos definidos, compostos por desenhista, redator, tipógrafo, atendimento e tudo mais. Fato que demonstra o início da organização do mercado de comunicação brasileiro, com a consolidação de estruturas capazes de atender grandes demandas de comunicação.
    Provavelmente apostando nessa profissionalização do mercado,  em 1905 o governo liberou 100 contos de réis para serem investidos durante todo o ano no desenvolvimento de diversificadas ações de propaganda. Para a época era muito dinheiro, que foi aplicado na divulgação de produtos agrícolas, pastoris e minerais. Importantes para ajudar alavancar o crescimento econômico do Brasil. 
    Como era de se esperar, o montante do investimento em propaganda chamou a atenção do mercado, uma vez que o recurso seria capaz de impulsionava a ¨empresa/agência¨ de muita gente. Por isso, sem dúvida o Decreto nº 5.558, de 16 de junho, teve peculiar importância para história da comunicação no Brasil, uma vez que o governo, até então, não tinha liberado tamanha quantia de recursos para ser aplicado em ações de propaganda.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Gula sem Remorso - Creme de legumes com frango

Nesse friozinho, nada melhor que um creme quente no fim do dia pra repor as energias. Façam que é muito bom. Uma dose de conhaque acompanha muito bem.



Ingredientes

200g de frango desfiado
100g parmesão ralado
2 unidade(s) de cenoura
1 unidade(s) de mandioquinha
2 talo(s) de salsão
2 unidade(s) de batata
1 unidade(s) de cebola
1 pé(s) de alface lisa 
1 xícara(s) (chá) de creme de leite
2 litro(s) de água

Modo de preparo
Ferva bem os 2 L de água a cebola e o salsão. Retire algumas folhas de salsão. Continue com o caldo no fogo para apurar. Corte todos os legumes em cubos bem pequenos. Junte ao caldo e deixe cozinhar por cerca de 25 minutos. Reserve uma parte dos legumes em cubos. Adicione, à panela, as folhas de alface e cozinhe por 3 minutos. Em seguida bata bem no liqüidificador. Passe pela peneira, retornando à panela, e corrija o sal. Acrescente o creme de leite, os legumes em cubos reservados, e cozinhe por mais 10 minutos até formar um creme de legumes. Numa panela com azeite, doure o frango. Em seguida, misture o creme e frando desfiado. Sirva colocando o parmessão por cima. 

sábado, 2 de julho de 2011

PARE, PENSE, MUDE - Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito

Com o período de férias, a circulação de veículos cresce significativamente, aumentando, também, o risco de acidentes. logo, com o objetivo de reduzir as ocorrências de trânsito no período das férias de julho, o Ministério das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito – Denatran, lançou mais uma campanha nacional pela redução da violência no trânsito: a PARE, PENSE, MUDE.

A iniciativa faz parte do movimento PARADA – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito e está enquadrada na meta firmada com a OMS – Organização Mundial da Saúde. Preconizada pela Assembléia Geral das Nações Unidas para a Década de Ações para a Segurança no Trânsito (2011–2020), a meta prevê uma redução em até 50% das mortes ocasionadas pela violência no trânsito nos próximos 10 anos.

A campanha PARE, PENSE, MUDE tem o objetivo de conscientizar todos os brasileiros sobre a necessidade de mudança do comportamento das pessoas no trânsito. A mudança de atitude de cada um pode fazer do trânsito um espaço de convivência mais pacífico e seguro.

Pesquisas do Ministério das Cidades indicam que a atitude normal das pessoas é culpar os demais pelos problemas no trânsito. De acordo com as 2.000 entrevistas, 3 em cada  4 brasileiros se enxergam como solução, em vez de problema no trânsito. E consideram não ser necessário mudar suas atitudes.

Observa-se que a maioria dos problemas é atribuída às práticas dos “outros” e quase nunca à própria conduta ao volante, nas ruas e calçadas. Apenas quando indagados de forma objetiva sobre certas atitudes (como o uso do cinto no banco traseiro, o respeito aos limites de velocidade, a preocupação em beber e dirigir, o uso da faixa de pedestre, etc.) é que alguns reconhecem falhas e passam a se ver mais como problema do que como solução.

Apenas os motoristas de carro vêem em seus iguais o “principal adversário”. Ciclistas e motociclistas acham que a culpa costuma ser dos motoristas de carro. Já os motoristas profissionais culpam os ciclistas.

O conceito da campanha é: “O trânsito só muda quando a gente muda”.

A campanha conta com comerciais veiculados nas TVs, rádios, anúncios em revistas e internet e redes sociais.


  Filme


   

        Folder

BusDoor

Outdoor

TaxiDoor

                                Porta de Trem

Painel Rodoviário

FanPage

Tag

quinta-feira, 30 de junho de 2011

5º Jogos Mundiais Militares


Os 5º Jogos Mundiais Militares serão o maior evento esportivo militar já realizado no Brasil. O evento acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, de 16 a 24 de julho de 2011, e reunirá cerca de 8 mil participantes. Serão aproximadamente 6 mil atletas e 2 mil delegados vindos de mais de 100 países. Vinte modalidades esportivas serão disputadas, algumas inéditas em jogos mundiais militares, como o vôlei de praia. O Brasil deverá participar com 250 atletas e estará representado em todas as modalidades.
 
A escolha pelo Brasil para sediar os 5º Jogos Mundiais Militares aconteceu em maio de 2007, em Burkina Faso, na África Ocidental, durante reunião do CISM – Conselho Internacional do Esporte Militar (da sigla em francês para Conseil International du Sport Militaire).
 
O País disputou com a Turquia o direito de sediar os jogos. No julgamento final, a infraestrutura esportiva já estabelecida no Rio de Janeiro para os Jogos Pan-Americanos, a experiência na realização de grandes eventos e o apoio demonstrado pelas autoridades locais ao projeto foram decisivos para a vitória do Brasil.





Mascote dos jogos













terça-feira, 28 de junho de 2011

Livroteca - Transformações da Politica na Era da Comunicação de Massa

Autor: Wilson Gomes
Editora: Paulus - www.paulus.com.br
Preço médio: R$43,00

"se começarmos por examinar o vetor que vai da política aos negócios, veremos que o mundo da política tenta conseguir, do mundo dos nengócios, doações para campanhas e/ou dinheiro para "caixinha" usando cacife eleitoral provocado por uma superexposição midiática positiva de agentes e grupos em disputa na arena política. A metáfora do cacife faz sentido à medida que, para satisfazer os cálculos de ganho e de interesse do mundo dos negócios, o agente da política em campanhas precisa parecer ter chances de vencer a eleição. Uma das formas de assegurar as suas chances é, justamente, a boa repercussão no sistema informativo da comunicação de discursos, declarações e atos do candidato"
Trecho do livro, extraído da página 150.

"estar distante dos proprietários dos meios de comunicação e dos diretores de redação, por exemplo, pode ser fatal para a sobrevivência política, mesmo para a existência política realmente muito forte no interior do campo da política"
Trecho do livro, extraído da página 160.

"há ainda o expediente da barganha entre mundo política e empresas de comunicação, em que o primeiro oferece recursos políticos, como verbas publicitárias públicas, concessões de rádio e televisão, empréstimos e financiamentos públicos, em troca do recurso midiático (exposição positiva, campanha favorável)"
Trecho do livro, extraído da página 161.

"as empresas brasileiras de comunicação sustentam-se basicamente em duas fontes: a propaganda governamental e os grandes anunciantes privados"
Trecho do livro, extraído da página 154.

"quando o governo contribui com a empresa de comunicação através da publicidade oficial, frequentemente autoriza-se a pretender retribuição na forma de boa vontade editoral"
Trecho do livro, extraído da página 161.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Contos da Propaganda - Pó da Pérsia, Bálsamo Maravilhoso e Ungento Santo.....

  Até 1887, as propagandas brasileiras se resumiam a divulgação de compra e venda de móveis, bem como anúncios de escravos, vendendo negros e descrevendo fugitivos. Depois da abolição da escravidão, a propaganda de remédios ganhou espaço no mercado brasileiro. Com formato em preto e branco e tamanhos irregulares, anúncios de remédios para combater sífilis e diversas outras doenças se avolumavam em revistas e jornais. Daí o origem de uma frase, de autoria desconhecida, publicada em jornal da época: “Brasil: um vasto hospital”. 
    Para chamar a atenção dos consumidores e criar um diferencial de mercado, alguns produtos com composição farmacoterápica passaram a adotar nomes "atraentes", dentre eles Pó da Pérsia, Bálsamo Maravilhoso, Ungento Santo, Óleo de Fígado de Bacalhau, Licor de Alcatrão e Magnésia Fluida. Outro diferencial dos anúncios desses produtos era a característica literária dos textos, que muitas vezes foram feitos por poetas como Olavo Bilac. 
    A partir de 1901, o Brasil entra em plena expansão produtiva. E a propaganda encontra fôlego por causa de novos anunciantes que surgiram. Com a intenção de criar mais um diferencial de mercado, os "propagandistas" passam a usar imagens de celebridades nos anúncios."Case" de propaganda da época é um anúncio com o Barão de Rio Branco divulgando produtos alimentícios brasileiros.
    Para ajudar no fortelecimento da imagem dos nosso produtos, o Governo da República publicou em 23 de setembro de 1902 o Decreto nº 4559, abrindo crédito de 10 contos de réis para o Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas pagar despesas com propaganda de produtos agrícolas nos Estados Unidos. 
    Não existe registro de quais ações e peças foram desenvolvidas com os recursos públicos, mas com certeza os propagandistas da época apoiaram de olhos fechados a iniciativa, alegando que o dinheiro foi investido estrategicamente para alavancar o desenvolvimento do mercado brasileiro.


AUTOR: Patrick Costa

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Publicidade Infantil na mira do Congresso Nacional

A nova investida da Câmara dos Deputados contra a propaganda infantil reacendeu a discussão em torno do tema, que iniciou em 2001 com o Projeto de Lei 5.921. Basicamente, a o projeto determina que "fica proibida qualquer tipo de publicidade, especialmente as veiculadas por rádio, televisão e internet, de produtos ou serviços dirigidos à criança, no horário compreendido entre 7 e 21horas".


Antes de ser pai, me perguntava porque constantemente o governo ou um orgão de defesa de crianças e adolescentes tentavam proibir a publicidade direcionada ao público infantil. Hoje, vendo meu filho comentar as propagandas que passam na televisão, não defendo a proibição, mas entendo a necessidade de definir REGRAS para direcionar a criação de campanhas publicitárias de produtos infantis. Principalmente porque as "crianças modernas" são impactadas por muitos estímulos sonoros e visuais, fato que amplia sua capacidade de absorver informações. Dessa forma, as crianças são vulneráveis a "comandos" negativos, como por exemplo, coma fast-food, brinque com armas de brinquedos, assista televisão, divirta com o computador, compre para suprir carências e procure amizades em ambientes virtuais.
Teste do e-Marshmallow

Para especialistas, as crianças ainda não estão preparadas para lidar com o apelo gerado pela publicidade. "A criança não tem a capacidade de discernimento com o juízo crítico que o adulto tem. Se o adulto já é seduzido pelas propagandas, imagine a criança? A percepção delas vai sempre pelo lado emocional, e não costuma passar pelo racional, onde está o juízo crítico" enfatiza a psicóloga e psicanalista especialista em atendimento infantil Paula Ramos, da Escola Brasileira de Psicanálise.

O grande problema das campanhas direcionada ao público infantil não esta na capacidade de persuasão da propaganda, que vai de encontro à autoridade exercida pelos pais, conforme afirma a coordenadora geral do projeto Criança e Consumo, da Fundação Alana, Isabella Henriques. Ainda segundo a coordenadora, "Os pais não têm força suficiente para lidar com uma indústria tão poderosa e tão rica como é a da propaganda. É uma disputa muito desnivelada em termos de força".

Reafirmo que a solução não é proibir a propaganda, mas sim direcioná-la. A solução é institui regras que forçam as agências de comunicação criar campanha mais "lúdicas", que prioritariamente estimulam brincadeiras coletivas, hábitos saudáveis e atividades pedagógicas, ao invés de campanhas que estimulam hábitos solitários, individualistas e sedentários.



Peças direcionadas aos público infantil, que estimulam brincadeiras ao ar livre


sábado, 18 de junho de 2011

Zé Gotinha 2011

Zé Gotinha, o simpático garoto propaganda da vacinação infantil, na campanha de 2011 do Ministério da Saúde.

Cartaz

Outdoor

Ad. Jornal

Broadside Frente

Broadside Verso

Fonte: Ministério da Saúde

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Jingle do Governo da Bahia

O Jingle é uma ferramenta musicada de comunicação, um slogan memorável, elaborado com refrão simples e de curta duração, a fim de ser lembrado com facilidade. Para ser eficiente, um jingle deve ter melodia cativante, com a intenção de "prender" na memória das pessoas. Por isso é tão comum que as pessoas lembrem de jingles que não são mais transmitidos há décadas.

"O primeiro jingle foi produzido en 1926, nos EUA, para um cereal matinal chamado Wheaties, cujo slogan principal é "Para um café da manhã de campeões". O auge do jingle foi na década de 50, nos EUA, no boom econômico. Era usado em diversos produtos, como cereais matinais, doces, tabaco, bebidas alcoólicas, carros e produtos de higiene pessoal."
FONTE: Wikipédia

No caso do jingle criado pelo Governo da Bahia, somou-se a melodia com imagens institucionais, resultando em uma peça de televisão que divulga as ações do governo.


Teatro Político Partidário

"Nas sociedades de democracia representativa de massa, a sociabilidade política tem se transformado substancialmente. A diferença da sociabilidade comunitária, a sociabilidade de massas não permite experiências,vivências e relações diretamente partilhadas pelos indivíduos e fazendo parte de um cotidiano comum a maior parte dos membros do grupo social. Assim, os fóruns e palcos do teatro político deliberativos, onde se materializa a discussão pública e onde são confrontados e mediados os interesses e as posições políticas, tornam-se distantes, físicas, cognitiva e afetivamente, de quase todos os cidadãos concernidos pelo que ali se delibera. Em consequência, a publicidade, que é essencial a democracia, fica em grande parte ofuscada  pela invisibilidade da esfera pública da coisa pública tende a tornar-se privativa do grupo de profissionais da esfera política que, justamente, tem acesso ao espaço onde a discussão e a deliberação se realizam".
 - Trecho do livro Transformações da política na era da comunicação de massa. Autor Wilson Gomes. Editora Paulus.



Matéria publicada na Folha de S.Paulo, dia 14 de junho, página A8.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Instrução Normativa reclassifica as áreas de comunicação do Governo Federal

O óbvio virou fato concreto: o governo não tinha outra escolha senão entrar definitivamente no universo das mídias sociais.


Consciente dessa demanda, um dos passos do Governo Federal foi publicar a Instrução Normativa nº5 que, dentre outras definições, inseriu a Comunicação Digital no rol de ações de comunicação governamental.


Conforme a instução, comunicação digital é a "ação de comunicação que consiste na convergência de conteúdo, mídia, tecnologia e dispositivos digitais para acesso, troca e interação de informações, em ambiente virtual, dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal com a sociedade ou com públicos específicos."


Assim, o poder público dá um importante passo para ampliar, via web, seus canais de interação com o cidadão. Agora bastar vontade política para multiplicar os canais de decisão dos cidadãos sobre ações de governo que afetam diretamente a vida de cada um de nos. 






SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 6 DE JUNHO DE 2011

Dispõe sobre a conceituação das ações de comunicação do Poder Executivo Federal e dá outras providências.

A MINISTRA DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (SECOM), no uso da competência que lhe conferem o art.87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal e o art. 2º-B,inciso V, da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, tendo em vista o disposto no parágrafo único, do art. 3º, do Decreto nº 6.555, de 8 de setembro de 2008, resolve:

Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre os conceitos das ações de comunicação do Poder Executivo Federal, previstas no art. 3º, do Decreto nº 6.555, de 8 de setembro de 2008, que estão compreendidas nas seguintes áreas:

I - Comunicação Digital;
II - Comunicação Pública;
III - Promoção;
IV - Patrocínio;
V - Publicidade, que se classifica em:
     a) publicidade de utilidade pública;
     b) publicidade institucional;
     c) publicidade mercadológica; e
     d) publicidade legal.
VI - Relações com a Imprensa;
VII - Relações Públicas.

Art. 2º Consideram-se:
I - Comunicação Digital: a ação de comunicação que consiste na convergência de conteúdo, mídia, tecnologia e dispositivos digitais para acesso, troca e interação de informações, em ambiente virtual, dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal com a sociedade ou com públicos específicos; 

II - Comunicação Pública: a ação de comunicação que se realiza por meio da articulação de diferentes ferramentas capazes de criar, integrar, interagir e fomentar conteúdos de comunicação destinados a garantir o exercício da cidadania, o acesso aos serviços e informações de interesse público, a transparência das políticas públicas e a prestação de contas do Poder Executivo Federal;

III - Promoção: a ação de comunicação realizada mediante o emprego de recursos de não mídia, com o fim de incentivar públicos de interesse a conhecer produtos, serviços, marcas, conceitos ou políticas públicas;

IV - Patrocínio: ação de comunicação efetuada por meio de apoio financeiro concedido por órgão ou entidade do Poder Executivo Federal a projetos de iniciativa de terceiros, com o objetivo de divulgar atuação, fortalecer conceito, agregar valor à marca, incrementar vendas, gerar reconhecimento ou ampliar relacionamento do patrocinador com seus públicos de interesse;

V - Publicidade: ação de comunicação que se classifica em:
     a) Publicidade de Utilidade Pública: a que se destina a divulgar direitos, produtos e serviços colocados à disposição dos cidadãos, com o objetivo de informar, educar, orientar, mobilizar, prevenir ou alertar a população para adotar comportamentos que lhe tragam benefícios individuais ou coletivos e que melhorem a sua qualidade de vida;
     b) Publicidade Institucional: a que se destina a divulgar atos, ações, programas, obras, serviços, campanhas, metas e resultados dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, com o objetivo de atender ao princípio da publicidade, de valorizar e fortalecer as instituições públicas, de estimular a participação da sociedade no debate, no controle e na formulação de políticas públicas e de promover o Brasil no exterior;
     c) Publicidade Mercadológica: a que se destina a lançar, modificar, reposicionar ou promover produtos e serviços de órgãos e entidades do Poder Executivo Federal que atuem em relação de concorrência no mercado;
     d) Publicidade Legal: a que se destina a dar conhecimento de balanços, atas, editais, decisões, avisos e de outras informações dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, com o objetivo de atender a prescrições legais.

VI - Relações com a Imprensa: a ação de comunicação que se destina a planejar, organizar e promover a comunicação do Poder Executivo Federal com seus públicos de interesse por intermédio da imprensa, de forma democrática, diversificada e transparente;

VII - Relações Públicas: a ação de comunicação que tem por objetivo fortalecer a correta percepção a respeito dos objetivos e ações governamentais, a partir do estímulo à compreensão mútua, do estabelecimento e manutenção de adequados canais de comunicação, padrões de relacionamentos e fluxos de informação entre o Poder Executivo Federal e seus públicos de interesse, no Brasil e no exterior.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.