Antes de ser pai, me perguntava porque constantemente o governo ou um orgão de defesa de crianças e adolescentes tentavam proibir a publicidade direcionada ao público infantil. Hoje, vendo meu filho comentar as propagandas que passam na televisão, não defendo a proibição, mas entendo a necessidade de definir REGRAS para direcionar a criação de campanhas publicitárias de produtos infantis. Principalmente porque as "crianças modernas" são impactadas por muitos estímulos sonoros e visuais, fato que amplia sua capacidade de absorver informações. Dessa forma, as crianças são vulneráveis a "comandos" negativos, como por exemplo, coma fast-food, brinque com armas de brinquedos, assista televisão, divirta com o computador, compre para suprir carências e procure amizades em ambientes virtuais.
Teste do e-Marshmallow
O grande problema das campanhas direcionada ao público infantil não esta na capacidade de persuasão da propaganda, que vai de encontro à autoridade exercida pelos pais, conforme afirma a coordenadora geral do projeto Criança e Consumo, da Fundação Alana, Isabella Henriques. Ainda segundo a coordenadora, "Os pais não têm força suficiente para lidar com uma indústria tão poderosa e tão rica como é a da propaganda. É uma disputa muito desnivelada em termos de força".
Reafirmo que a solução não é proibir a propaganda, mas sim direcioná-la. A solução é institui regras que forçam as agências de comunicação criar campanha mais "lúdicas", que prioritariamente estimulam brincadeiras coletivas, hábitos saudáveis e atividades pedagógicas, ao invés de campanhas que estimulam hábitos solitários, individualistas e sedentários.
Peças direcionadas aos público infantil, que estimulam brincadeiras ao ar livre
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